As fortes chuvas que atingem o Estado do Rio Grande do Sul desde a sexta-feira, dia 1º de setembro, causam transtornos para moradores de diversas cidades. Em Guaporé, são mais de 200 milímetros registrados pela Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (COMPDEC) em pontos das zonas urbana e rural. A cheia dos Rios Guaporé e Carreiro, por exemplo, interrompe a trafegabilidade entre o município e Anta Gorda e, informado pela Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), poderá causar o desabastecimento de água nas cerca de nove mil economias.
O problema, relatado pela gerente da Unidade da Corsan de Guaporé, Sheila Filippi Chiela, está no alagamento da casa de máquinas (recalque), localizado às margens do Rio Carreiro. Lá estão os motores que bombeiam a água, cerca de sete milhões de litros por dia, para a Estação de Tratamento de Água (ETA) no bairro São José.
“Vamos estar com oscilações na distribuição e falta de água em toda a cidade. Entrou água no primeiro recalque, está alagando a casa de máquinas, e os motores por segurança param automaticamente de operar. O bombeamento de água foi interrompido e, provavelmente em breve, haverá o desabastecimento. Temos água, mas só nos reservatórios”, disse a gerente Sheila.
Os funcionários da Corsan trabalham para tentar normalizar a distribuição de água. Porém, há necessidade que a vazão do Rio Carreiro baixe, evitando assim o alagamento no primeiro recalque.