Mais uma vez as fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul, especialmente os municípios da região da Serra e Vale do Taquari, provocaram estragos e muita preocupação das comunidades ribeirinhas aos rios Guaporé, Taquari, Carreiro e Das Antas, bem como, aqueles que possuem familiares em cidades que são impactadas pelas cheias. Além da subida do nível dos flúmens, a preocupação no município de Guaporé recai sobre o Arroio Barracão, que corta a cidade de Norte a Sul passando pelas zonas rural e urbana. Em poucas horas, a Coordenadoria Municipal da Defesa Civil (COMPDEC), sob responsabilidade de Rafael Pissetti, registrou no começo da manhã da terça-feira, dia 30 de abril, mais de 110 milímetros de chuva. O suficiente para transbordar.
Moradores dos bairros Planalto (Capela Nossa Senhora Aparecida), Santo André (Fundos da empresa RGO), Pinheirinho e Centro (Fundos do Estádio do Juventude, antigo Posto do Barão e proximidades da empresa Zandei Plásticos) viram a água invadir as vias urbanas e alguns imóveis. As situações mais críticas foram no chamado “Beco do Aparecida” e nos fundos da RGO. Nestes pontos, a água ultrapassou a calha e entrou em pátios e cômodos das residências. Prejuízos estão sendo calculados.
O Setor Operativo da COMPDEC recebeu o chamado para seis atendimentos e colaborou na desobstrução de vias urbanas dos bairros Vila Verde, São José e Linha Quinta, bem como, no trevo principal de acesso para a cidade. A água tomou conta da ERS-129, prejudicando a trafegabilidade.
“Além destes pontos, estivemos nos fundos da empresa RGO. Esse local é suscetível a alagamento quando chove. Durante a noite a situação inspirava cuidados e a água avançava pelos pátios. Porém, de manhã, quando registrou-se muita chuva novamente, o problema agravou-se. E, não foi só nesse ponto. Tivemos alagamentos na rua Agilberto Maia (Fundos do Campo do Juventude), na Avenida Imigrante com a travessa Muçum, Thales Fillipon, Félix Engel Filho (fundos do antigo Posto do Barão), rua Pinheiro Machado e nas Linhas 5ª e 7ª”, destacou Pissetti.
No balanço, 31 casas foram atingidas pelas fortes chuvas e mais de oito pontos de vias urbanas e rurais registraram alagamento e interrupção da trafegabilidade. Em alguns locais, segundo Pissetti, o sistema de drenagem não suportou o volume de água que atingiu a cidade.
“Importante ressaltar que o Setor Operativo esteve presente com várias frentes, inclusive com a utilização de máquinas retroescavadeiras e caminhões das Secretarias de Agricultura e Obras. A prioridade é o atendimento aos atingidos. Uma força tarefa foi realizada para a limpeza de galhos e troncos de árvores que caíram nas ruas e no leito do Arroio Barracão. Nos colocamos à disposição da comunidade, independente da situação”, disse.
Limpeza nas bordas do Arroio Barracão estão sendo realizadas pelo Setor Operativo da COMPDEC. O alerta da Defesa Civil Gaúcha continua. Há riscos, nos próximos dias, de chuva intensa, vento forte, queda de granizo e registro de raios.