Prejudicada pela queda da ponte sobre o Rio Taquari no mês de setembro de 2023, a trafegabilidade da rodovia ERS-431, trecho entre os municípios de Dois Lajeados e Bento Gonçalves, ganhou um novo e preocupante capítulo com as fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul ao longo da primeira quinzena do mês de maio. Cerca de 10 deslizamentos de terra foram contabilizados e, muitos deles, destruíram completamente o pavimento asfáltico.
Cinco barreiras, entre o trevo principal de São Valentim do Sul e a entrada para as Comunidades Santana, Nossa Senhora das Graças e Capela Aparecida, foram removidas com a utilização de maquinário pesado da Administração Municipal, com auxílio do Exército Brasileiro. Apesar dos esforços, há muito barro, pedras, galhos de árvores que requerem atenção na trafegabilidade e, principalmente, riscos de novos deslizamentos ao longo dos cinco quilômetros “transitáveis”.
“Contabilizamos muitos estragos na zona rural de São Valentim do Sul e nos deparamos com a situação crítica da ERS-431. São muitos os pontos que foram destruídos. Quedas de barreira e deslizamentos que não temos como mensurar. Só conseguimos acessá-las através das imagens captadas por um drone. Pelo menos em dois pontos, pelo que vimos, a estrada foi muito danificada e acreditamos que não temos mais um bom trecho, demandando um grande investimento para a reconstrução”, disse o prefeito Geri Ângelo Macagnan.
Geólogos, conforme disse o Chefe do Executivo Municipal de São Valentim do Sul, realizarão uma sondagem para verificar a situação dos morros, do pavimento danificado e se há condições da reconstrução.
“Buscamos nos certificar com profissionais capacitados para termos um parecer técnico sobre as condições que encontram-se as encostas. Inclusive, os geólogos deverão verificar a ‘Estrada Velha’ que, assim que tivermos o retorno da balsa, será a rota alternativa para o deslocamento da ERS-129 e até a BR-470 passando pela ERS-431”, destacou Geri.
Contratada pelo Governo Estadual – através do Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem (DAER), a empresa Encopav deverá, com condições climáticas adequadas, iniciar a desobstrução das barreiras e verificar os reais estragos causados no pavimento asfáltico da rodovia. Para o acesso ao Distrito de Santa Bárbara e comunidades interioranas, a chamada “Estrada Velha” é a única opção para os motoristas.