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Cultura

Vitor Augusto Borsatto dos Santos é campeão da Chula na 20ª edição do JuvEnart 2024

Guaporense, representando o CTG Última Tropeada, destacou-se em um dos maiores concursos juvenis de danças tradicionais do Sul do Brasil


Dançar sapateando sem tocar a lança de madeira que está no chão. Esse é o desafio dos peões que participam da Chula, uma das modalidades de danças tradicionais em rodeios, concursos e encontros que enaltecem e preservam os costumes do povo gaúcho. É nesse meio que Vitor Augusto Borsatto dos Santos, de 17 anos, orgulha a família, amigos, peões e prendas do Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Última Tropeada e leva o nome de Guaporé além-fronteiras. Há tempos o tradicionalista destaca-se em suas apresentações e acumula premiações. A maior de todas foi conquistada na 20ª edição do JuvEnart 2024. O troféu de campeão ficará exposto em lugar de destaque na estante.

Para recebê-lo das mãos do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), em evento realizado no Centro Esportivo Educacional Antônio Meneghetti, no Recanto Maestro, em Restinga Sêca, Vitinho, como é chamado, passou por dificuldades e estas não foram somente os fortes concorrentes. Ao longo da intensa preparação, que incluía ensaios de chula e de danças com a invernada juvenil, além dos estudos e do trabalho em uma padaria, o garoto teve pancreatite e ficou internado por dias, ficando quase um mês sem colocar o pé no tablado.

“Muito ruim a parada, pois vinha em um ritmo intenso de ensaios e estava muito preparado. Consegui, degrau por degrau, recuperar a forma física e, principalmente a mental para bem representar o CTG Última Tropeada e a cidade de Guaporé nas apresentações”, destacou o chuleador que, por se cobrar muito, quase pensou em desistir do JuvEnart.

O apoio da família e do instrutor Rafael Garcia, juntamente com o sempre companheiro/instrutor Igor Centena, foram determinantes ao longo da caminhada até a conquista. Em Restinga Sêca, encarou 30 participantes e três fases: classificatória, semifinal e a finalíssima. A cada resultado positivo, a recompensa que todo o esforço não foi em vão.

“Havia um certo nervosismo, mas a cada etapa vencida tinha a certeza de que retornaria com um bom resultado. Como o Rafael dizia: cabeça boa, chula boa. E assim consegui dar o meu melhor em cada apresentação”, afirmou Vitinho, que complementou:

“Não caiu a ficha ainda. Um misto de sentimentos que é difícil de explicar. Nem acreditava que havia conquistado o título do JuvEnart. Não parece ser verdade por tudo que passei ao longo dos últimos meses. Só tenho que agradecer a todos que confiaram em mim, principalmente meus instrutores Rafael, Igor e o Érick, além da minha família. Muito obrigado à patronagem do CTG e meus colegas de invernada pelo apoio”.

Vitor, ao lado do instrutor Rafael Garcia, intensifica os ensaios, ajusta o sapateado e a coreografia para apresentar-se em mais dois grandes concursos. O tradicionalista participará do Festival Gaúcho de Danças (Fegadan) e Festival Gaúcho de Chula (Fegachula), em Farroupilha, e do Encontro de Artes e Tradição Gaúcha (ENART), em Santa Cruz do Sul. Os eventos acontecerão nos meses de outubro e novembro.


Data: 18/10/2024 08:27:43
Autor: Eduardo Cover Godinho