Moradores dos municípios de Guaporé e Anta Gorda estavam acostumados a ficar sem trafegabilidade na altura da ponte sobre o Rio Guaporé quando acontecia a cheia do flúmen. Eram horas e até dias sem que pudesse passar de um lado para o outro. Nem mesmo, por vezes, veículos pesados conseguiam seguir viagem.
Nesta semana, com a passagem do ciclone extratropical que causou uma catástrofe em parte dos municípios do Rio Grande do Sul, a estrutura de cerca de 80 metros não aguentou a força das águas. Parte dos vãos foram destruídos. No total, conforme uma das batalhadoras para a construção de uma nova ponte, Claudete Andrade, cinco partes se foram e não há mais como transitar.
"A nossa luta para que tenhamos uma nova ponte não vai parar. Infelizmente nos deparamos com essa situação, o que aumenta e muito o deslocamento para quem precisa ir de Guaporé a Anta Gorda ou ao contrário. A água estava com muita força e tínhamos a certeza que teríamos destruição nas cabeceiras e na estrutura. Agora é aguardar o posicionamento dos Governos Estadual e Municipal. Sabemos que as atenções estão voltadas para a região do Vale do Taquari e respeitaremos o momento. Porém, não podemos deixar que os governantes esqueçam que muitos terão prejuízos no ir e vir e a economia de diversos produtores rurais ficará prejudicada", disse Claudete.
Entre as alternativas provisórias está a colocação de parte de estruturas metálicas (pontes) nos espaços levados pela cheia do Rio.